quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Na estação



E cá estou eu, na estação
Na mesma estação de sempre
Esperando por você
Esperando que me telefone
Esperando por um sinal de vida

O meu trem já partiu, cheio de gente
Mas seguiu vazio, porque não tinha você

E cá estou eu, na estação
Esperando que você perdoe meus impropérios
Esperando que se compadeça de mim
Esperando que me ame quando eu menos merecer
Pois é quando mais preciso

E cá estou eu, na estação
E as composições se vão, uma após a outra
Mas eu permaneço imóvel, estático, quase sem vida
Sem você, não importa o destino
Para onde quer que eu vá, não chegarei a nenhum lugar

E cá estou eu, na estação
Parado, esperando por você, como sempre estive
Parece uma sina, uma droga, um vício
Não quero ir
Não há direção, não há sentido
Então, fico aqui, no meio desta noite, como um náufrago no meio do oceano
Esperando que você me resgate, que você me salve deste mar de solidão.

Robson Cassimiro
20/09/2011